Meditei assim o Evangelho de hoje: O Filho Pródigo
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A parábola da Misericórdia é o centro do Evangelho de Lucas.
Para mim todo o Evangelho está contido na Parábola do Filho Pródigo, segundo Lucas.
Para mim esta Parábola é a mais bonita de todas que Jesus nos contou.
Quando leio ou medito a Parábola do Filho Pródigo, me sinto sempre voltando ao colo do Pai, sempre me redimindo de alguma culpa.
Nunca me acho o suficiente pura, no colo do Pai, sempre quero mais, sempre me vejo voltando, esta é a verdade, me sinto sempre mudando meu modo de viver, de agir, me sinto convertendo a cada meditação, sempre tenho alguma coisa para ser convertida, me sinto sempre mudando a direção da minha vida em direção ao colo do Pai Misericordioso.
Graças a Deus que isso acontece.
Muitas vezes nós fazemos como o filho mais jovem, pegamos nossas coisas e nossa viola e vamos embora do Pai e gastamos tudo de bom e bonito que construímos ao longo da vida e vamos embora até de nós e ficamos nus do sentimento de Deus.
Quando fazemos isso, quando partimos da casa do Pai, Deus fica com o coração contrito, dolorido.
Por outras vezes somos como o filho mais velho, pensamos que estamos perto do Pai, por que vamos a Missa, rezamos, damos esmolas, mas de verdade estamos aquém do Pai.
Somos como o filho mais velho, com ressentimentos, reclamando de tudo e julgando tudo a nossa volta.
O Pai aqui também fica com o coração entristecido, por que o filho mais velho pensa que está de verdade ao lado Dele, mas não está.
Voltando ao filho mais jovem, mas nos colocando no contexto da parábola.
Chega um dado momento que nos vemos no fundo do poço, gastamos tudo, estamos com fome de amor, nos sentimos sozinhos, nos sentimos nus, rasgados nas vestes e na alma.
E vem o arrependimento e pensamos no Pai com ternura e percebemos que quando estávamos lá na casa Dele, tínhamos tudo, nada nos faltava.
E vem a coragem de voltar, de pedir perdão e nos achegamos de novo ao colo do Pai e de cabeça baixa, pedimos perdão e o Pai que é todo Misericórdia nos acolhe num abraço perdoando nossos pecados e se faz morada em nosso coração, através desse abraço.
Deixar a casa do Pai é negar que pertencemos a Deus, não é a casa física que abandonamos, mas a casa espiritual que é Deus, o Pai amado.
A casa do Pai é o centro do nosso ser, é o nosso coração, é a nossa alma.
Vamos fazer como o Filho Pródigo, retornar sempre, toda hora para o colo do Pai.
Mas tem um porém, o filho mais novo voltou, mas o filho mais velho, todo revoltado, o Pai o chama para comemorar a volta do irmão, mas ele diz que esta festa é sem propósito.
Uma coisa que ia esquecendo de dizer, este filho mais velho é cada um de nós que está longe do Pai embora perto, mas longe, por que na maioria das vezes não fazemos a vontade do Pai e sim a nossa miserável vontade e nos afastamos do Pai, embora morando na mesma casa.
Jesus termina a estória falando assim: “Convinha, porém, fazermos festa, pois este teu irmão estava morto, e reviveu; tinha se perdido, e foi achado”.
Fica uma pergunta para nós.
Iremos entrar na casa do Pai e celebrarmos juntos ou continuaremos ressentidos, reclamando e julgando?
Qual será de verdade nossa decisão?
Foi por isso que Jesus terminou a estória, a linda parábola do jeito que terminou, para que pensássemos e tomássemos a melhor decisão.
Maria Teresa
Boa noite, querida Teresa!
ResponderExcluirA festa que o Senhor faz é uma grande bênção que aconteceu em nós pela metanoia que vivemos a tempo...
Bjm muito fraterno