Recordando, texto de Luiz José de Brum, meu querido pai.

Linda rosa do meu jardim.

"Abrindo um velho álbum de fotografia encontrei um retrato já amarelecido pelo tempo, era a fotografia de um jovem de catorze anos mais ou menos.

E uma serie de recordações veio em minha mente, lembrei-me da minha infância e da minha juventude e fiquei a meditar como seria bom ter a pureza da infância e conhecimento da velhice, que foi adquirido com sofrimentos, lágrimas e desilusões e muitas vezes este conhecimento já de nada valem para si e nem para os outros também.

A mocidade fia em si mesmo e vai pelos mesmos caminhos já percorridos a procura da felicidade que acaba se perdendo dela, da felicidade.

E quantas dores morais e desilusões cruéis teriam evitado e não teríamos procurado a doçura onde encontramos a amargura e não teríamos procurado bondade onde encontramos a malícia e não teríamos procurado o amor onde encontramos o cupidismo, o interesse, a frivolidade e a hipocrisia.

E saberíamos conhecer a dissimulação dos falsos e evitar cair nas suas malhas e evitar sim morte das nossas mais belas e nobres aspirações.

Saberíamos evitar os inimigos da Fé, essa mais sublime bússola que nos guia para as grandes obras, então saberíamos cultivar o gosto pelo que é belo elevado e sublime, saberíamos cultivar a caridade, essa grande virtude que nos há de acompanhar até pelos séculos dos séculos sem fim.

Seria trazer a terra o vislumbre do céu".(Luiz José de Brum)

            Espero que tenham gostado de mais este texto do meu querido pai, Luiz José de Brum.

            Um abraço e paz e bem, Maria Teresa